segunda-feira, 12 de julho de 2010

Rio de Janeiro ganha Centro de Referência contra homofobia, intolerância religiosa e discriminação


Pessoas vivendo com HIV, vítimas de preconceito e intolerância religiosa e o público LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - ganharão uma estrutura pioneira no país para a defesa e a promoção das suas causas. A partir deste mês, um andar inteiro no prédio da Central do Brasil, onde fica a sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública, abrigará diversos centros de referência que darão apoio psicológico e jurídico e terão auditório para seminários, workshops e cursos profissionalizantes.
O espaço, com área total de 1.500 metros quadrados, foi doado pela Secretaria de Segurança para a Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos (SuperDir), órgão subordinado à Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos. Totalmente reformado, após seis meses de obras, e projetado de acordo com as necessidades dos diferentes segmentos-alvo, o local tem sinalização visual para facilitar a mobilidade das pessoas, salas de atendimento para aconselhamento e orientação psicológica, um auditório multifuncional, com 200 lugares e uma sala de telemarketing, onde funcionará o Disque LGBT, 24 horas por dia, com 14 atendentes, para denúncias e atendimento às vítimas de violência e discriminação.
“Já pesquisei em várias partes do Brasil e da América Latina e não há nada igual ao que criamos com essa estrutura. É um marco para a luta pelos direitos LGBT, pela liberdade religiosa e contra a intolerância, no Rio de Janeiro e no Brasil”, diz Cláudio Nascimento, Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos.
O Secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Ricardo Henriques destaca a importância da abordagem integrada e técnica que será feita no novo espaço, pois o projeto pretende não só levar atendimento a seu público-alvo, como também produzir conhecimento. Já estão previstos para este ano 32 cursos e seminários. A capacitação na área de cidadania incluirá a formação de 3.500 policiais. A equipe da superintendência será composta por 125 funcionários.

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